Os pesquisadores do Projeto Tartarugas Marinhas (Tamar) retomaram as atividades de campo, em Fernando de Noronha, depois de mais de quatro meses paralisados (veja vídeo acima). Os trabalhos foram suspensos por causa da pandemia do novo coronavírus. No dia 12 de agosto, os estudiosos fizeram a terceira captura científica, com mergulho no Porto de Santo Antônio.
A volta das atividades é importante para o estudo das tartarugas, segundo o projeto. “Esse trabalho de captura nos fornece dados sobre acompanhamento dos deslocamentos dos animais, hábitos comportamentais, desenvolvimento e taxa de sobrevivência das tartarugas”, informou a bióloga Rafaely Ventura, pesquisadora do Tamar.
Os pesquisadores realizaram a captura da tartaruga na Praia do Porto | Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo
No retorno aos mergulhos, os pesquisadores avaliaram que as tartarugas estão mais ariscas. “É como se elas tivessem se readaptado sem a nossa presença. Os animais estão um pouco assustados. Antes era mais suave. Mesmo assim, nós podemos dizer que as tartarugas estão bem”, avaliou a bióloga.
O Projeto Tamar ganhou um reforço. O surfista local e mergulhador Buday Santos resolveu ser voluntário. Buday também trabalha com o turismo, que está parado em Noronha por causa da pandemia. Por isso, apresentou-se para reforçar o time do projeto ambiental.
“É gratificante fazer essa ação. Eu também trabalho com o turismo e, por isso, é importante entender o comportamento das tartarugas. Os animais estão diferentes. Consegui ver uma quantidade maior de tartarugas e isso é muito bom”, relatou Buday.
Na falta dos turistas, os moradores viram o trabalho dos pesquisadores com mais tranquilidade. “Eu nunca tinha visto a tartaruga fora da água e achei lindo. Minha filha Helena, que tem 6 anos, também acompanhou. Eu acho isso muito bom”, disse a enfermeira Aranda Almeida.
Por: Ana Clara Marinho | Fonte: G1